segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Cheiro a Pneu Queimado no Asfalto

Pneus aquecidos, nitro a postos, a quarta corrida da série Velocidade Furiosa arranca em grande estilo.

Quem vai ao cinema ver Velozes e Furiosos não vai à procura da próxima Lista de Schindler; vai sim à procura de passar um bom bocado a ver cenas emocionantes e acrobacias que desafiam as leis da física. A quarta iteração da série é isso mesmo; um filme veloz, acrobático e cheio de adrenalina e testosterona.

Velozes e Furiosos é uma continuação da história do primeiro filme e junta de novo o corredor fora-da-lei Dominic Toretto (Vin Diesel - As Crónicas de Riddick) e o agente do FBI, Brian O’Conner (Paul Walker - Bobby Z), os protagonistas da primeira história.

Cinco anos depois de Brian ter deixado Dominic escapar ao braço da lei, ele e a sua namorada Letty (Michelle Rodriguez – Resident Evil) ainda assaltam camiões em movimento. A primeira cena do filme mostra isso mesmo, com Dom e a sua equipa a tentarem roubar os atrelados de um gigantesco camião cisterna. Esta cena é tudo menos brilhante, fazendo antever um filme muito pior do que realmente é.

De facto, o filme, a cargo do realizador Justin Lin, já responsável pelo terceiro filme da série, Velocidade Furiosa: Ligação Tóquio abusou bastante dos limites da realidade e do bom senso na sequência inicial, que acaba num acidente só possível de filmar em CG (gráficos de computador).

A qualidade do filme melhora bastante à medida que o enredo se vai desenvolvendo e que percebemos o que move as personagens a correr desta vez. Tanto as corridas como as perseguições, a pé e de carro, deixam de abusar do CG e são aquilo que deviam ser. Proezas reais com carros reais.

Os carros são realmente o destaque do filme, sendo d lamentar a grande ausência dos tunners de Ligação Tóquio. Mas nem só de carros se faz o eye-candy da película, havendo resmas de raparigas esbeltas pouco vestidas e a trocarem beijos que não são mais que fan-service para o espectador.
Defeitos à parte, o filme fará as delícias dos fãs da série, que poderão ver como Brian, readmitido no FBI, volta a cruzar-se com Dominic e como ambos tentam, pelas suas próprias razões, desmantelar uma operação de tráfico de droga e capturar o seu líder. Pelo meio aprece o drama de Dominic, que convém não revelar e as dúvidas de Brian sobre as suas alianças.

As representações dos actores são dentro da norma, não impressionando nem deixando nada a desejar. Afinal, num filme feito de planos com fracções de segundos há pouco espaço também para dar asas ao talento dos actores.

A música é dentro do estilo dos últimos filmes. Músicas rápidas, barulhentas e que combinadas com as imagens de carros a grande velocidade, conseguem aumentar ainda mais a adrenalina do próprio espectador. E que adrenalina!

A experiência de ver blockbusters no cinema é sempre muito mais estonteante, e este não é excepção. Apesar de acreditarmos sempre que tudo correrá bem para os personagens principais, quem conseguir meter-se dentro do filme vai adorar a viagem e o sentimento de velocidade desta longa-metragem.

A Nova Face da Acção

Vin Diesel é o actor que mais se associa ao género da acção. O ex-porteiro de discoteca tem um talento inato para a cacetada, mas também tem muito mais debaixo do ar duro.

A estrela de Hollywood que protagonizou blockbusters como xXx: Missão Radical, Velocidade Furiosa e As Crónicas de Riddick nasceu em Nova-Iorque a 18 de Julho de 1967.

Filho de mãe italo-americana e de pai afro-americano, Mark Sinclair Vincent, nunca conheceu o seu pai, sendo criado pelo padrasto, um professor de representação que geria um teatro. No entanto, a sua primeira peça chegou-lhe às mãos quando ele e uns amigos, aos sete anos de idade, arrombaram um teatro para o vandalizar. Encontrando a directora artística lá dentro, esta convidou-os a ficar, entregando-lhes guiões e pagando-lhes 20 dólares na condição de irem aos ensaios todos os dias depois da escola.

Desde aí a sua carreira foi evoluindo, graças às suas capacidades, e à companhia do seu padrasto. Aos 17 anos, Mark torna-se porteiro numa discoteca de Nova-Iorque e muda o nome para Vin Diesel. Vin por ser diminutivo de Vincent, Diesel porque os amigos dizem que ele funciona a diesel, dado a sua inesgotável energia.

Depois de três anos a estudar línguas e escrita na universidade, Vin começou a escrever guiões e decidiu desistir do curso para viajar até Hollywood, de forma a promover a sua carreira. Depois de um ano a tentar promover-se e sem ver qualquer valor dado à sua experiência no teatro, Vin decide voltar a casa, onde a mãe lhe oferece o livro Filmes a Preços de Carros Usados.
Foi com 3000 dólares que Vin Diesel realizou, produziu e escreveu a curta de 20 minutos Multi-Facial em que também é o actor principal. A curta conta a história parcialmente auto-biográfica de um actor que lutava para obter trabalho e reconhecimento.

O projecto seguinte também foi escrito, produzido e realizado por Vin. Para conseguir filmar Strays, Diesel teve de recorrer ao telemarketing, através do qual conseguiu juntar quase 50 000 dólares. Apesar de não ser um sucesso com o público, o filme conseguiu ser aceite para o Sundance Film Festival.

Não foi Strays, mas a sua apaixonada performance em Multi-Facial que levou Steven Spielberg a telefonar-lhe e a convidá-lo para integrar o elenco do seu épico de guerra O Resgate do Soldado Ryan, filme que finalmente lançou a sua carreira.

A sua voz grave foi rapidamente desejada para dar vida à personagem que dá o nome ao filme de animação O Gigante de Ferro, papel que lhe valeu muitos aplausos. A sua presença foi requerida em Dinheiro Quente, mas foi em Eclipse Mortal que Vin Diesel encontrou um dos seus mais carismáticos personagens, Richard B. Riddick.

No entanto, foram os papeis principais em xXx: Missão Radical e Velocidade Furiosa que tornaram o nova-iorquino num conhecido do grande público. Uma estrela tinha acabado de nascer.

Daí para a frente, Vin Diesel tornou-se um dos nomes grandes da acção em Hollywood, tendo protagonizado a sequela de Eclipse Mortal, As Crónicas de Riddick. Para isso, Diesel declinou protagonizar Velocidade Mais Furiosa e xXx2: Estado Radical.
Juntamente com o novo filme, Riddick voltou à ribalta noutros meios. Uma curta-metragem de Anime (animação japonesa), The Chronicles of Riddick: Dark Fury e um videojogo de tiros em primeira pessoa, The Chronicles of Riddick: Escape from Butcher Bay continuaram a desenvolver o personagem mais famoso de Vin, tendo ele estado directamente envolvido nestas produções, e tendo emprestado a voz às suas representações em desenho e pixéis.

O videojogo foi produzido pela Tigon Studios, uma companhia de videojogos fundada pelo próprio Vin Diesel e que se foca na produção de jogos com a presença do actor, seja digitalizando a sua figura, seja usando a sua voz. Quase a ser lançados estão Wheelman, um jogo de condução e The Chronicles of Riddick: Assault on Dark Athena, a continuação do primeiro jogo de Riddick.

Em 2005, Diesel fez o seu pior filme, O Chupeta, onde lida com crianças, e que curiosamente foi um sucesso de bilheteira. Depois disso, o actor engordou 20 quilos para interpretar Fat Jackie em Mafioso Quanto Baste, um gangster da máfia que lhe valeu a aclamação da crítica, apesar de ser um fracasso de bilheteira. Esteve ainda quase para protagonizar a adaptação ao cinema do videojogo Hitman, embora tenha acabado apenas como produtor executivo, e protagonizou Babylon A.D., um thriller de ficção-científica.

Para além do cameo no terceiro filme da série Velocidade Furiosa, Diesel aceitou agora voltar para um papel principal na quarta “corrida”.

Em produção está um novo filme baseado n’As Crónicas de Riddick, que em princípio será o segundo filme da trilogia, já que Eclipse Mortal é apenas considerado uma apresentação do personagem.

Vin Diesel ascendeu definitivamente ao estatuto de super-estrela dos filmes de acção, já estando a preparar-se para em 2011 interpretar Hannibal Barca, o bárbaro que tentou conquistar Roma. Um filme que ele também realiza e produz.

No entanto, o nascimento a 2 de Abril da sua filha com a mulher Paloma Jimenez vai mantê-lo ocupado e fora dos filmes por algum tempo.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Corpo de Metal, Coração de Humano

Como prometido, aqui fica um relato de algumas considerações e recomendações que achei convenientes retirar desta semana.

Mais por favor do que por vontade própria, sábado fui ao cinema ver o “Marley e Eu”, de que já falei aqui no blog, na forma do artigo da Focus. Um dos problemas da revista é que raramente vemos os filmes antes de escrever o artigo, pois este que tem que sair antes da estreia do filme, e só vamos a antestreias as películas que têm direito a duas páginas ou mais. Nem contava ver o filme, pois julgava-o uma comédia romântica muito mais by-the-numbers. Surpreendeu-me muito! Dei por mim a chorar que nem parvo. Recomendo que vejam, mesmo que pareça só mais um filme com cães, não o é. Vale muito a pena, pois aborda as relações entre um casal de uma forma muito mais realista e adulta do que os outros filmes do género e até do cinema em geral.
Ah! E por falar em antestreias, na passada quarta-feira vi o Fast & Furious, que é sem dúvida o melhor dos quatro filmes da série, que recomendo a todos os que me lêem e gostem de velocidade e adrenalina. Quando a revista sair posto aqui no blog o que escrevi sobre ele para todos lerem! E ainda um perfil do Vin Diesel! As coisas que eu faço!

Já hoje fui ver o Knowing, com o Nicolas Cage. Daqui a uma semana postarei as minhas impressões, mas posso desde já adiantar que apesar de ser um filme fixolas, é muito inverosímil, especialmente no fim. Recomendo a grandes fãs de ficção-científica ou de filmes de catástrofes, mas não acho desaconselhável darem uma olhadela se estiverem curiosos.

No fim-de-semana aproveitei também para me actualizar nas novas séries de Anime que começaram este mês, entre elas grandes nomes, como a nova série de Hagane no Renkinjutsushi, traduzida para FullMetal Alchemist: Brotherhood.
Subtítulo à parte, há muito tempo que mal podia esperar para ver a nova série. Sempre fui fã da série antiga, e saber que a nova vai seguir fielmente a história retratada na manga em vez de seguir um caminho paralelo, como fez a primeira, é uma grande alegria para mim.

FullMetal Alchemist é a história de dois irmãos, Edward e Alphonse Elric, que vivem num mundo paralelo onde a alquimia não é uma arte ancestral, mas um poder mágico que vive em cada um dos seus habitantes. Quando a mãe deles morre, os dois irmãos, ainda crianças, tentam trazê-la de volta através desta arte, ignorando o seu princípio básico: a troca equivalente. Como para criar algo é preciso sacrificar uma coisa de igual valor, Alphonse perde o corpo e Edward perde um braço.
Depois de violar o maior tabu da alquimia, Edward teve de sacrificar uma perna para prender a alma do irmão a uma armadura, fazendo dele uma armadura vazia.

O primeiro episódio da nova série é tudo o que podia esperar, com o regresso de alguns dos melhores personagens de sempre da animação japonesa. Quem ainda não conhece, não tem melhor desculpa para começar a seguir a grande epopeia destes dois irmãos que lutam para reconstruir os seus corpos. A série nova é um reboot, e nada tem a ver com a antiga, apesar de contar com os mesmos seiyuus (actores de voz), e com o seu trabalho magnífico.
Entretanto também vi o primeiro episódio de Dragon Ball Kai, a nova série de Dragon Ball que reconta em 100 episódios os acontecimentos de Dragon Ball Z, de 291 episódios. Foi uma desilusão, pois esperava um remake com desenhos novos e de grande qualidade, tendo encontrado uma série que é basicamente um director’s cut. Só para fãs acérrimos! Mais vale sacar a série original.

Ah! Caso vos interesse, o filme artístico feito apenas com desenhos de Yoshitaka Amano (responsável pelo artwork da série Final Fantasy do I ao IX), experimentem fazer download do 1001 Nights. É uma viagem como nenhuma outra à imaginação de um criador sem igual.

domingo, 12 de abril de 2009

Time and Expression

Muita coisa se tem passado por estas bandas. Nada de relevante para a maioria de vocês, mas como sou chato vou contar na mesma, começando pelo mais importante. Depois faço outro post para contar as outras coisas todas de que me apetece falar. Uma atenção especial ao genial texto em itálico mais à frente.


Como este fim-de-semana estive bastante tempo por casa, consegui finalmente acabar e completar um dos meus jogos favoritos: Braid.


No meu post sobre “Jogos a Granel” falei do jogo, mas o mais provável é que os meus leitores não façam a mínima ideia do que ele representa.


Para quem não conhece, Braid é um jogo low-budget, criado por Jonathan Blow, que saiu o ano passado no Xbox Live Arcade, a loja online da consola da Microsoft.


Braid é um jogo simplista em 2D com as mesmas raízes de Super Mario Bros., mas que eleva muito mais a fasquia desse grande clássico dos videojogos, tendo conquistado mais de 50 prémios pelo mundo fora.

Esta é uma história profunda e subtil que começa por ser mais uma procura de uma princesa e acaba com algo muito mais... transcendental. E digo isto num sentido em que o jogo é quase impossível de descrever, sendo necessário que o jogador experiencie por ele a ambiguidade e a criatividade da história de Jonathan Blow e da magnífica arte de David Hellman conjugadas com a fantástica música.


Desde o início que somos cativados pela música brilhante e pelos cenários completamente desenhados à mão, com um ominoso logótipo em chamas, mas é quando chegamos aos primeiros livros (principal meio utilizado para contar a bela história do jogo) que percebemos que esta é definitivamente uma obra única.


Percam algum do vosso tempo a ler este excerto dos livros do primeiro mundo a que o jogador chega:


"Tim is off on a search to rescue the Princess. She has been snatched by a horrible and evil monster. This happened because Tim made a mistake."


"Not just one. He made many mistakes during the time they spent together, all those years ago. Memories of their relationship have become muddled, replaced wholesale, but one remains clear: the princess turning sharply away, her braid lashing at him with contempt."


"He knows she tried to be forgiving, but who can just shrug away a guilty lie, a stab in the back? Such a mistake will change a relationship irreversibly, even if we have learned from the mistake and would never repeat it. The princess's eyes grew narrower. She became more distant."

"Our world, with its rules of causality, has trained us to be miserly with forgiveness. By forgiving them too readily, we can be badly hurt. But if we've learned from a mistake and became better for it, shouldn't we be rewarded for the learning, rather than punished for the mistake?"


"What if our world worked differently? Suppose we could tell her: 'I didn't mean what I just said,' and she would say: 'It's okay, I understand,' and she would not turn away, and life would really proceed as though we had never said that thing? We could remove the damage but still be wiser for the experience."


Penso que não é preciso escrever mais e que a partir daqui é fácil para vocês leitores e desconhecedores do jogo perceberem o quão único ele é; especialmente numa época em que estamos tão carregados de jogos com soldados aos tiros. Resta-me salientar a grande coerência entre história e gameplay, pois, por exemplo, no mundo que estes textos ilustram o personagem principal tem o poder de voltar atrás no tempo, corrigindo os seus erros, tal como deseja fazer no texto.


Por 15€, não sejam forretas, o jogo acabou de ser lançado para PC dia 10 de Abril. Não há desculpa para não fazer um cartão no MBnet e comprar através do Steam. Não se vão arrepender!


E lembrem-se: “O importante não é onde vamos ter, mas como fomos lá parar!”


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Ela pede mais Crédito... para o Filme

Em tempos de crise, Jerry Bruckheimer ataca com um filme sobre uma viciada em compras. Louca por Compras cheira a hipocrisia.

Qualquer filme em que um pai, durante tempos de crise, diga a uma filha “Se a economia pode estar endividada em biliões de dólares e sobreviver, tu também podes!” é uma autêntica lição sobre mau gosto e falta de tacto no cinema.

A mais recente produção de Bruckheimer é isso mesmo: um filme sobre uma jornalista que é despedida com uma dívida de 16 mil dólares no cartão de crédito. E o que faz ela? Gasta ainda mais dinheiro e consegue um emprego numa revista financeira que a projecta para a fama mundial devido apenas a uma simples coluna sobre como poupar. Perante tal argumento, é impossível encarar este filme com seriedade, mais vale deixar o cérebro em casa e encará-lo como uma sucessão de eventos cómicos sem qualquer ligação com a realidade.

O realizador P.J. Hogan (O Casamento do Meu Melhor Amigo) dirige esta adaptação ao cinema da série de livros de Sophie Kinsella, que vendeu 15 mil exemplares em todo o mundo, e que é protagonizada por Isla Fisher (Os Fura-Casamentos).

Rebecca, a personagem de Isla, é a típica personagem distraída das comédias românticas. O filme acompanha-a de palermice em palermice, tentando a todo o custo esconder o seu vício dos novos colegas, e tentando conquistar o seu patrão novo. Uma história semelhante com contornos diferentes podia ter sido uma boa lição, uma comédia engraçada e um filme soft para ver com os amigos mas não. É difícil gostar de uma personagem tão fútil e que só pensa na próxima mala a comprar, e isso desliga o espectador de toda a experiência. Um insulto a todas as mulheres que gostam de compras.

Mas nem tudo é mau, o filme passa pelas lojas mais glamorosas de Nova Iorque, e conta com um guarda-roupa excelente, a cargo de Patricia Field, já responsável pelo mesmo campo em O Diabo Veste Prada e O Sexo e a Cidade e nomeada para um Oscar pelo primeiro.

O filme também conta com John Goodman (Os Flintstones) e Kristin Scott Thomas (O Paciente Inglês), mas não é algo que se recomende a não ser a grandes fãs de tretas.

As Almas do Soul

Samuel L. Jackson e Bernie Mac juntam-se para uma comédia em grande estilo.

Homens do Soul conta a história de Louis Hinds (Samuel L. Jackson – Pulp Fiction) e de Floyd Henderson (Bernie Mac - Orgulho), dois cantores de música soul que não se falam há mais de 20 anos, desde que o seu duo musical acabou. Quando o antigo líder da sua banda morre, o antigo duo junta-se novamente para um concerto de tributo. Com apenas cinco dias de viagem para resolver as suas diferenças, os dois cantores seguem rumo ao lendário Apollo Theater, onde se realizará o concerto.

O filme, realizado por Malcolm Lee (O Irmão Secreto), é uma espécie de jornada espiritual sobre dois amigos que resolvem as suas diferenças, e enfrentam algumas diferenças causadas pela nova cantora, Sharon Leal (DreamGirls).

Incrivelmente, Homens do Soul é o primeiro filme a juntar estas duas super-estrelas, sendo infelizmente também o último. Este é infelizmente o “Canto do Cisne” de Bernie Mac, que morreu dia nove de Agosto do último ano. O filme é dedicado ao actor e ao cantor Isaac Hayes que faz dele próprio neste filme e morreu apenas um dia depois do actor, por causas não relacionadas. Como tributo aos artistas, o filme foi alvo de uma nova montagem para o tornar menos pesado.

Jackson e Mac sempre quiseram trabalhar juntos, e o produtor David Friendly fez-lhes a vontade. “Eu e o Sam conhecemo-nos há imenso tempo”, diz Mac. “Jogamos golfe, vamos a casa um do outro. Sempre nos perguntaram quando faríamos um filme juntos.” Mac respondia – “Vai acontecer!”

Quando a oportunidade surgiu, ambos os actores ficaram motivados a dar o seu melhor, insistindo em serem eles próprios a cantar a dançar como seria suposto os seus personagens fazerem. Quem conhece Bernie ou Sam não precisa de saber mais do que isto para perceber que mesmo sem uma história original, o filme será extremamente divertido, e que contará com performances de ir às lágrimas. O mundo do cinema esperava esta união. O último filme de Bernie Mac no cinema é também um daqueles por que mais será lembrado.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mais uma Missão para o 112


“My car will not start. I'm locked inside my car. Nothing electrical works. And it's getting very hot in here, and I'm not feeling well.” – Foi isto que uma senhora da Florida disse às autoridades de depois de ligar o 911, o 112 da América.

A senhora, que provavelmente se sentiu solidária com Peter Griffin, o personagem principal de Family Guy, superou tudo o que já se fez em termos de humor, indo ao cúmulo de ligar para o número de emergência.

Foi só com a ajuda e as preciosas sugestões do técnico de socorro que a senhora decidiu puxar manualmente a fechadura da porta, coisa que (CHOQUE) destrancou a porta…

É disto que se fazem as lendas!

The White House Gets Nasty

Aparentemente, os jornalistas que usaram o número disponibilizado pela Casa Branca para tentar obter declarações de Hillary Clinton na cimeira dos G20 tiveram uma agradável surpresa.

A voz do outro lado da linha não era Clinton, mas sim uma voz suave que pedia o número de cartão de crédito, caso o ouvinte se sentisse com vontade de ser “badalhoco” (if he feels like geting nasty).

A linha de sexo telefónico era provavelmente protagonizada pela senhora Mónica Lewinsky, pois esta já tem uma vasta experiência a substituir Hillary.

Infelizmente, os jornalistas não ficaram tão agradados como o ex-presidente Bill Clinton, o que fez com que a Casa Branca alterasse o número.

Finalmente alguém se preocupou em agradar aos jornalistas e nos (sim porque também me considero um) manter entretidos durante o G20, mas não. Os nossos colegas tiveram logo de ir reclamar… Até percebo porquê, já que a senhora queria aceder à conta sem aceder a outros lados… Sugiro desde já à Casa Branca que da próxima vez pague pelos serviços, vão ver que há muito menos reclamações!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Sonho de Rapariga Adolescente

Num rasgo de inteligência e de generosidade, duas mães do Missouri, Karen Christine Downs, de 43 anos e Kelsee Guest, de 25, ofereceram 10 dólares a quem conseguisse "emborcar" mais depressa um copo de Vodka na festa de anos da filha de Downs.

As mães são acusadas por pôr em perigo a integridade das seis jovens entre os 13 e os 14 anos de idade por lhes fornecerem cerveja e licor, assim como de fazerem shots.

Apesar de eu não beber, demonstro aqui o meu apreço e solidariedade por estas mães, que procuravam apenas consolidar a sua relação com as filhas. Afinal, todos os pais sabem o quão difícil é agradar a uma filha adolescente.

Afinal de contas, esta poderá bem vir a ser uma notícia recorrente, já que a sociedade que se está a formar tem uma grande predilecção por bebidas alcoólicas e um grande decrescimo nos neurónios graças a isso.

Graças a este gesto de amizade das mães, duas raparigas foram hospitalizadas. Não sabiam beber!

112 Ajuda com a Matemática

Apetece-me partilhar convosco uma conversa que me chegou como sendo uma notícia do digg.com. Ou isto é uma mentira parva, ou o mundo está a ficar algo transtornado.

Operator: 911 emergencies.
Boy: Yeah I need some help.
Operator: What’s the matter?
Boy: With my math.
Operator: With your mouth?
Boy: No with my math. I have to do it. Will you help me?
Operator: Sure. Where do you live?
Boy: No with my math.
Operator: Yeah I know. Where do you live though?
Boy: No, I want you to talk to me on the phone.
Operator: No I can’t do that. I can send someone else to help you.
Boy: Okay.
Operator: What kind of math do you have that you need help with?
Boy: I have take aways.
Operator: Oh you have to do the take aways.
Boy: Yeah.
Operator: Alright, what’s the problem?
Boy: Um, you have to help me with my math.
Operator: Okay. Tell me what the math is.
Boy: Okay. 16 take away 8 is what?
Operator: You tell me. How much do you think it is?
Boy: I don’t know, 1.
Operator: No. How old are you?
Boy: I’m only 4.
Operator: 4!
Boy: Yeah.
Operator: What’s another problem, that was a tough one.
Boy: Um, oh here’s one. 5 take away 5.
Operator: 5 take away 5 and how much do you think that is?
Boy: 5.
Woman: Johnny what do you think you’re doing?!
Boy: The policeman is helping me with my math.
Woman: What did I tell you about going on the phone?
Operator: It’s the mother…
Boy: You said if I need help to call somebody.
Woman: I didn’t mean the police.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

“Eu cá não quero ver o pipi da Maya”

Foi esta a afirmação da minha colega CC, ao almoço, durante uma conversa sobre a última Playboy e as declarações de Maya sobre esta.

Para quem não sabe, a taróloga Maya criticou a escolha de Mónica Sofia (que podem observar no post anterior) para capa da revista. “A capa é pobrezinha. A Mónica tem um corpo maravilhoso, mas está em início de carreira. Como não optaram por uma capa ousada, podiam ter apostado numa pessoa mais velha, uma diva. Foi uma má opção”, disse Maya ao Correio da Manhã. Até aqui tudo bem, já que de facto, Mónica não é tão badalada e popular como seria uma Cláudia Vieira ou uma Rita Pereira. No entanto, Maya acrescentou uma frase que pode chocar muitos dos leitores mais sensíveis: "Acho que eu daria uma melhor capa.”

Vou dar algum espaço ao leitor para se recompor do choque, pois sei que é emocionalmente desgastante, especialmente para quem tiver uma imaginação fértil. No entanto, sossego-vos, pois Maya completou a frase dizendo: “Mas nunca me iria despir, principalmente pelo meu filho”.

O que dizer depois disto? Filho da Maya, não sei como te chamas, mas “OBRIGADO!”

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Verdadeiro Playboy

Na semana a seguir à saída do primeiro número da Playboy portuguesa, as ondas já se fazem sentir.

Foi certamente o chamado efeito borboleta que levou o senhor Jason Leroy Savage, 29 anos, residente a 144km de Detroit, a ter relações sexuais com um aspirador de uma estação de lavagem automóvel. Apesar do acto sexual se ter passado a 16 de Outubro, agrada-me pensar que foi ontem, e que o senhor se foi divertir para a tal estação de lavagem de carros depois de ver a tão formosa capa da Playboy portuguesa. O homem foi apanhado em flagrante às 6:45, por um polícia, depois de uma denúncia de um morador. O senhor foi condenado a três meses de prisão por cometer um acto obsceno.

Provavelmente a escolha do homem recaiu sobre o aspirador da estação por o de casa ter menos poder de sucção. Veremos se os seus novos colegas de cela se dão bem com o seu poder de sucção.

Fica uma sugestão para este senhor solitário:

Água na Fervura

O que à primeira vista pode parecer um ataque nuclear, não é mais do que a erupção de um vulcão subaquático ao largo da costa de Tonga, no pacífico. Fazendo inveja a qualquer Algarve, Tonga tem agora águas ainda mais quentinhas, ideais para um banho relaxante. No entanto, é de lamentar que apesar de grandes esforços da população mundial, ainda haja vulcões irresponsáveis a lançar poluentes para a atmosfera... Uma vergonha!

Autocarro para o Desespero

A 12 de Junho de 2000, a população brasileira assistiu às últimas horas da vida de Sandro do Nascimento. O seu enterro foi acompanhado por apenas uma pessoa – que julgava ser sua mãe.

Inspirado pelo documentário Ônibus 174 de José Padilha (Tropa de Elite), sobre um autocarro sequestrado no Rio de Janeiro, o experiente e consagrado realizador Bruno Barreto (Dona Flor e seus Dois Maridos) criou Autocarro 174, um filme que ficciona alguns dos eventos que levaram até aquela noite fatídica.

Em entrevista à Focus, Bruno Barreto conta que o que mais o impressionou no documentário de José Padilha “foi aquela mulher; o documentário não explica porque é que ela fica obcecada com aquele menino; ela quer ser mãe dele”.

O realizador acrescenta que “naquela imagem final, quando ele está a ser enterrado, que só tem o coveiro a empurrar o caixão, a cara dela não é de quem está a enterrar um filho adoptivo, ela está a enterrar um filho verdadeiro!”. Bruno Barreto explica que foi pesquisar a história da mulher e que esta é um filme aparte. “Esta história, uma mãe que perde um filho, que desaparece, e um filho que perde a mãe e as duas vidas encontram-se... É uma história bíblica! Uma tragédia grega!”

De facto, o sequestro do autocarro não ocorre até aos minutos finais, a história de 110 minutos foca-se verdadeiramente na vida de Sandro. Enquadrando-se bem no género trágico, o filme acompanha desde a nascença Alessandro (Marcello Melo Jr.), o verdadeiro filho de Marisa (Cris Vianna), a mãe que pensou ter encontrado o seu descendente em Sandro (Michel Gomes). Pelo meio, as ironias do destino que ligam e desligam estes personagens, assim como cenas algo incómodas de relações entre menores, algo que considero um pouco escusado.

A personagem do filho verdadeiro foi uma liberdade criativa, pois nunca se encontrou o filho verdadeiro daquela mulher, mas a verdade é que esta opção dá ao filme um tom ainda mais trágico. O filme é uma autêntica viagem para o caixão, tendo uma das partes mais fortes nos créditos finais, em que se ouve o enterro.

Apesar de não atingir a força de Cidade de Deus ou Tropa de Elite, o filme não compete com a dimensão destes dois, apenas partilha o mesmo universo, sendo acima de tudo uma história sobre a dimensão humana: “o que está em primeiro plano são as emoções humanas” revela o realizador. Um filme de qualidade que ainda atrairá a atenção de muita gente.

O Dia em que os Monstros Salvam a Terra

Encostada à parede, a humanidade vê-se forçada a recrutar monstros para fazer frente a uma invasão extra-terrestre.

Quando Susan Murphy (Reese Witherspoon – Walk the Line), uma rapariga da California é acidentalmente atingida por um meteorito cheio de gosma espacial no seu dia de casamento, algo de estranho acontece, transformando-a numa pessoa de 15 metros. Capturada pelo exército e fechada numa prisão de máxima segurança, Susan adopta o nome de Ginormica e junta-se a um grupo de monstros renegados, aprisionados pelo governo. Dr. Cockroach (Hugh Laurie – House), um brilhante cientista com cabeça de insecto; The Missing Link (Will Arnett – Horton Hears a Who), meio-peixe, meio-macaco; o gelatinoso e indestrutível B.O.B. (Seth Rogan – Knockep Up); e o gigantesco escavador Insectosaurus.

As coisas mudam de figura quando a terra é invadida por um robot alienígena, algo que leva o presidente (Stephen Colbert – Bewitched) a recrutar a ajuda destes monstros para combater o robot e salvar o mundo da destruição. A comandar este exército de estranhas criaturas está o General W.R. Monger (Kiefer Sutherland – 24).

Ainda a assinalar está a presença das vozes de Rainn Wilson – Juno –, o megalómano Gallaxhar, responsável pela invasão; e de Paul Rudd – The Shape of Things –, o egoísta noivo de Susan, que espera deixar o seu lugar de homem da metereologia e ser pivô.

Rob Letterman, realizador de A Shark’s Tale, junta esforços com Conrad Vernon Shrek 2 para realizarem juntos o primeiro filme 3D da DreamWorks, que tenta agora repetir o estrondoso sucesso de Kung-Fu Panda.

Ambos os realizadores confessam ser grandes fãs dos filmes de monstros “Série B” dos anos 50 e revelam que esse foi o género que mais os influenciou no design quer dos personagens quer dos posters.

Com efeito, a animação está com uma qualidade muito boa, a premissa tem o seu quê de novo e, a comédia é garantida, pelo que será um filme que fará as delícias de miúdos e graúdos, passe o cliché. De pipocas na mão e óculos 3D na cara, um filme para toda a família ver.

Do Jogo para o Fracasso

Depois de uma adaptação ao cinema falhada em 1994, Street Fighter recebe uma nova versão sem grandes perspectivas de qualidade.

Street Fighter é uma das séries de videojogos de luta mais famosas e bem sucedidas de sempre. Como qualquer propriedade intelectual que se preze, ter sucesso é equivalente a despertar o interesse de Hollywood em fazer uma adaptação própria. Não é preciso enumerar mais do que Resident Evil, Alone in the Dark ou House of the Dead para se perceber que as adaptações de videojogos figuram entre o medíocre e o péssimo.

Quem se lembra da última versão cinematográfica que Hollywood fez de Street Fighter lembrar-se-á certamente dum filme deplorável em que Jean-Claude Van Damme era o protagonista. Quando A Lenda de Chun-Li foi anunciado, as esperanças aumentaram, mas por pouco tempo. Para começar, o filme resolveu descartar os personagens principais dos jogos, incidindo-se na personagem de Chun-Li (como o nome indica). Depois disso, o filme optou por uma abordagem infantil, auto-denominando-se de uma luta entre bem e mal, escuridão e trevas.

Chun-Li (Kristin Kreuk) é uma lutadora de rua que luta para proteger os mais fracos e para encontrar o seu pai, raptado pelo vilão do filme, Bison (Neal McDonogh) e pelo seu capanga Balrog (Michael Clarke Duncan). Também ao serviço de Bison estão Vega (Tabbo, dos Black Eyed Peas) e Cantana (Josie Ho). Pelo caminho, Chun-Li é ajudada pelo seu mestre, Gen (Robin Shou), pelo polícia Charlie Nash (Chris Klein) e a sua parceira Maya Snee (Moon Bloodgood).

O realizador Andrzej Bartkowiak, que adaptou (mal) ao cinema o videojogo Doom, volta a tentar manter algum do espírito do jogo original, através da acção, neste caso, os ataques especiais muito característicos da série da Capcom.

As lutas são o grande atractivo do filme, contando com o coreógrafo Dion Lam, de Spider-Man 2 e da trilogia Matrix. Os actores aguentaram um duro regime de treinos de artes-marciais e aprenderam a lidar com arames, mas as lutas deverão satisfazer qualquer pessoa que vá ao cinema ao domingo à tarde e deixe o cérebro em casa.

Em conclusão, resta recomendar a Hollywood que veja a adaptação em Anime (desenhos animados japoneses) de Street Fighter II. Não há melhor adaptação de um videojogo!