segunda-feira, 25 de junho de 2012

Prometheus


Passaram 33 anos desde que Ridley Scott nos brindou com Alien, o seu primeiro filme de ficção-científica e o seu franchise mais poderoso. Quando o realizador de Blade Runner e Gladiador resolveu voltar ao universo que criou, as expectativas ficaram elevadíssimas.


Prometheus é de facto uma prequela de Alien, mas os momentos que mais os deixam brilhar são aqueles em que se desprende de tudo o que já está estabelecido, e a magia acontece.

A história segue mais uma vez uma fortíssima personagem feminina, com Noomi Rapace a seguir as pisadas de Ellen Ripley, que julga ter descoberto o caminho espacial para os criadores da raça humana. Assim parte da Terra uma equipa, rumo ao desconhecido, procurando a resposta para a maior de todas as perguntas. No entanto, a equipa não encontra uma nova e vasta civilização, mas sim ruínas e novas perguntas que precisarão de ser respondidas.

As questões de quem somos, de onde viemos, e para onde vamos são eternas desde que os humanos se conhecem como humanos, mas não só de humanos se faz esta história. Falar de Prometheus é impossível sem falar de Michael Fassbender, que interpreta aqui um dos personagens mais distintos da sua formidável carreira, um androide sem o qual a história não seria a mesma.

A realização é soberba, claro está, com cenas de uma beleza enorme e outras de uma tensão quase palpável. O filme peca apenas por algumas cenas mais gráficas, especialmente nas partes em que se aproxima mais do seu antecessor.

No geral, grande regresso à forma de Scott e grande filme de ficção científica. Venha uma sequela! 9/10


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dark Shadows


Sombras da Escuridão é um filme que vai criar divisões. Os fãs de Tim Burton e Johnny Depp, ansiosos por ver a sua oitava colaboração, vão certamente adorar o produto final. Os restantes poderão ser afastados por um enredo demasiado novelesco, ou pelo parco desenvolvimento de personagens. Eu devo admitir, adorei!


A história fala-nos de Barnabas Collins, um poderoso magnata da pesca, transformado em vampiro por uma bruxa ciumenta, e aprisionado num caixão durante dois séculos. Inadvertidamente libertado em 1972, Barnabas é um estranho numa terra estranha, e dedica o seu tempo a tentar restaurar a honra e riqueza da sua família.

O filme lida principalmente com os antagonismos criados pelo peculiar Barnabas; quer seja na luta dele para compreender a época e os seus habitantes, quer pela luta que trava com a bruxa Angelique, que durante a sua ausência consolidou a sua posição na vila de Collinsport.

Este é um filme classicamente Tim Burton, o visual negro e melancólico característico está completamente presente, mas é complementado por uma adesão ao visual da época, e à overdose de cores que ela representa. Esta junção é especialmente evidente nas cores do sombrio vampiro Baranbas, quase a preto e branco, e da bruxa Angelique, colorida, sedutora e sensual. O filme diverte qualquer um, com uma comédia deliciosa, a fazer lembrar o velhinho Beetlejuice e também a outra família disfuncional do humor negro, a Família Adams.

Johnny Depp captura na perfeição as excentricidades deste personagem, e Eva Green não lhe fica atrás na pele de Angelique. Infelizmente, o resto dos actores não tem muito espaço para brilhar, fazendo o espectador desejar talvez mais algum tempo de duração para o filme. Michelle Pfeiffer, Helena Bonham Carter, Chloë Grace Moretz ou Jackie Earle Haley são nomes portentosos que já carregaram filmes às costas, mas aqui são papeis bastante secundários. Esta falta de atenção dada aos personagens secundários e aos subplots, permite, no entanto, que o filme se concentre na narrativa principal e não seja tão parecido com a novela em que se inspira. Talvez não fosse tão importante se as personagens não fossem tão caricatas e interessantes, é um defeito que ao mesmo tempo atesta as qualidades do filme.

Em conclusão, há que dizer que este é um filme que não se leva demasiado a sério, mas que promete deixar um sorriso nos lábios de qualquer espectador! Não é perfeito, mas é demasiado delicioso para merecer menos de 10/10


domingo, 6 de maio de 2012

O Desafio da Susi

Parece que a minha peer pressure continua, e a Susi desafiou-me a fazer uma daquelas coisas esquisitas, onde temos que dizer 7 coisas sobre nós, sendo que 3 são falsas. O objectivo é os meus amigáveis leitores adivinharem o que é falso e o que é verdadeiro.

Eu obviamente não mando isto para ninguém, porque quem eu conheço já a Susi marcou (Batoteira).

Aqui vai:
1 - Toda a minha vida, nunca mudei de casa
2 - Adoro comer Nutella à colher
3 - Durante todo o ensino obrigatório, nunca tive positiva a Educação Física
4 - O meu jogo preferido é o Final Fantasy VII
5 - O meu CD preferido é o Scenes from a Memory dos Dream Theater
6 - O meu filme preferido é o Sweeney Todd, do Tim Burton
7 - Detesto estar fechado em casa sem sair


Vá, até é fácil, digo eu, que me conheço. Vejam lá se adivinham. =)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

The Avengers


Como já referi, tenho andado a escrever críticas de cinema para o Jornal O Alcoa. Como fã de Banda Desenhada e super-heróis no geral, não pude deixar de ir ver ao cinema um dos filmes do ano, Os Vingadores. A seguir fica a versão completa da crítica, sem cortes.


Em 2008 a empresa de banda desenhada Marvel, responsável pelos eternos X-Men, Homem-Aranha e Quarteto Fantástico, decidiu finalmente fundar o seu próprio estúdio de cinema. O primeiro filme saído da Marvel Studios foi Homem-de-Ferro, um sucesso de bilheteira estrondoso, que começou a delinear aquele que seria o maior projecto de sempre no que toca a filmes de super-heróis, a adaptação para o cinema dos Vingadores.

A Homem-de-Ferro seguiu-se O Incrível Hulk, Homem-de-Ferro 2, Thor e Capitão América: O Primeiro Vingador. Foram cinco filmes que fizeram um trabalho fantástico, estabelecendo de forma perfeita estas personagens maiores do que a própria realidade, monstros, deuses e super soldados, finalmente juntos para travar a maior ameaça de sempre ao nosso mundo.

Como vimos em Thor, Loki, o Deus da travessura, perdeu-se num dos mundos desconhecidos do universo. Foi aí que entrou em contacto com uma raça sedenta de guerra, a quem prometeu o domínio da galáxia, caso conseguisse deitar as mãos ao Cubo que vimos em Capitão América. Assim começa uma guerra que só pode ser ganha por homens extraordinários.

O filme dura mais do que duas horas, mas nunca se torna maçador, mostrando como Capitão América, Thor, Homem-de-Ferro, Hulk, Hawkeye e Viúva Negra se juntam e como cada uma destas fortes personalidades colide e colabora de forma tão sui generis, sempre sob a olho manipulador de Nick Fury. Seria de temer que num filme com tantos personagens alguns saíssem um pouco apagados, mas todos eles têm o seu próprio arco na história, e mesmo Hawkeye e a Viúva Negra, os mais normais do grupo conseguem destacar-se e ter os seus momentos altos. Destaque acima de tudo para o Dr. Bruce Banner e o seu alter-ego. Esta é a primeira vez que Hulk está nas mãos de Mark Ruffalo, o único estreante dos actores principais, e esta é finalmente a escolha perfeita para o papel, roubando-nos a atenção, quer esteja transformado ou não.

Muito se podia falar sobre este filme fantástico, e em particular sobre como finalmente estes personagens estão nas mãos de actores perfeitos para elas. A realização de Joss Whedon também é soberba, quer durante a acção, quer durante a exposição. O realizador ajudou a escrever o argumento, e trás para o cinema toda a experiência que tem tanto a escrever BD dos X-Men, como na realização da série Buffy, a Caçadora de Vampiros.

É difícil chamar a algo perfeito, mas este era um filme difícil, com muito potencial para dar certo, mas também muito que podia correr mal. Quando quase não há espaço para melhorar, perfeito é a palavra certa. Um filme a não perder! 10/10

PS: O 3D do filme não vale a pena, mas vale a pena ver os créditos para ter uma cena extra que nos revela quem é o vilão do próximo filme. Nerdgasm! XD

Reinserção Social



Há muito tempo, era eu um mero estagiário de Comunicação Social e Educação Multimédia, decidi criar um blogue, dada a peer pressure dos meus colegas de trabalho da Focus, dado que quase todos tinham um. Acabado o estágio, acabou-se o tempo para o blogue, e quando ele voltou, instalou-se uma grande amiga minha, a preguiça. Agora que estou de volta, graças mais uma vez à peer pressure (sou tão influenciável), acho que é de bom tom, voltar a fazer uma apresentação.

Ora bem, eu sou o David Sineiro, tenho 24 anos e estou licenciado em Comunicação Social e Educação Multimédia. Sou fotógrafo e escrevo críticas de cinema para o Jornal O Alcoa, além de ter uma rúbrica sobre cinema na Rádio Cister e na Rádio Marinhais. Apesar destes biscates, sou um desempregado que tenta arranjar colocação na área do Jornalismo e da Fotografia, quase sempre sem obter resposta.

Além da Fotografia e do Cinema, adoro Anime e Videojogos. Sou o típico nerd, pelos vistos, apenas mais magro. Deixo-vos com a minha página de Fotografia no Facebook, que espero que visitem e gostem, ela também vai visitar este blogue de vez em quando.
Link: https://www.facebook.com/david.sineiro.fotografia

O Regresso (Não) Anunciado!

CHOQUE! Três anos depois, decidi finalmente pôr em prática o que tenho pensado durante imenso tempo, e voltar ao meu velhinho, mas muito adorado blogue. Pois é amiguinhos (sim, apeteceu-me falar à Batatinha), parece que vou voltar ao blogue com nome político, mas que pouco ou nada fala de política. Agora que já não é uma colecção das minhas vivências e trabalhos em tempo de estágio, este blogue vai servir para falar de mim, do meu trabalho na área da fotografia (sim, parece que me tornei uma espécie de fotógrafo) e claro, dos filmes e jogos com que me vou cruzando. Que se abra a Caixa de Pandora!


PS: Apesar de me terem recomendado começar do zero, gosto demais deste blogue para o eliminar ou pôr de lado. Como diz a música, “The Show Must Go On” =)