quinta-feira, 26 de março de 2009

In Memory of a True Patriot

Sábado à noite tive o prazer de finalmente completar aquele que considero um dos, senão o, melhor jogo que alguma vez joguei: Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots.

O jogo que me fez comprar a PlayStation 3 revelou-se muito superior ao que até eu, fã incondicional da série criada por Hideo Kojima, esperava.

Desta vez, Solid Snake, o verdadeiro protagonista da série, volta depois da ausência em Metal Gear Solid 3: Snake Eater e Metal Gear Solid: Portable Ops. Envelhecido precocemente e fragilizado pela sua condição de clone, Snake é agora um velho soldado afastado da linha de combate, e referido apenas como Old Snake.

Embarcando numa última missão para matar Liquid Ocelot (Liquid Snake no corpo de Revolver Ocelot), Snake terá de suportar o peso dos seus pecados, dos pecados das gerações anteriores, e do seu corpo prestes a falhar.

A epopeia criada por Kojima é toda ela inacreditável, com uma história que ata todas as pontas soltas que os outros jogos deixaram, e que recupera todas as personagens vivas para aquele que será o derradeiro momento da vida de todos. É uma viagem difícil, não por o jogo ser excessivamente complicado, mas porque sabemos que é a última missão de Snake, porque o próprio menu nos oferece uma visão de suicídio, porque a cada momento, a cada novo desenvolvimento, Snake é puxado cada vez mais até ao seu limite físico e psicológico. Apesar de ser muito bom ver Liquid, Ocelot, Raiden, Otacon, Meryl, Naomi, Campbell, Rose, Mei-Ling e Vamp juntos de novo, é impossível não verter (muitas) lágrimas quando tudo acabar e os créditos começarem a rolar...

Não me quero alargar, para não falar demais, mas desde o gameplay, aos gráficos, passando pela história, música e ambiente, tudo se conjuga para criar uma obra de arte videojogável digna desse nome. O mestre Kojima volta a ser responsável por uma obra-prima que só podia ser saída da sua mente genial, um jogo que mostra como é que os jogos podem fazer TUDO o que um filme faz, e evoluir essa premissa muito mais longe, através da inter-actividade.

Um destaque para alguns dos momentos mais marcantes do jogo, tentando não revelar nada que os trailers não tenham mostrado, desde a magnífica e emocional chegada a Shadow Moses, a luta entre Metal Gear REX e Metal Gear RAY, o corredor final, e até à épica batalha final com o pôr do sol atrás e um grande ataque de nostalgia causado pelas músicas que passam em background, tudo se conjuga para uma experiência a todos os que jogaram os primeiros títulos.

Para os que nunca jogaram Metal Gear, não comecem no 4, comecem no 1 e descubram a melhor saga de sempre do mundo dos videojogos!

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